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LETRINHAS DO RDB

O menino que sonhava com o futebol agora é eterno

A despedida não foi conforme estava cominado. Sem avisar, longe de todos e de tudo, Vilson José Teodosio, que todos conhecem por Russinho, não está mais entre nós. Há aproximadamente 45 dias faleceu e seu corpo ficou nos aposentos que passou os últimos anos na ela região da Costeira, em Florianópolis. Os vizinhos desconfiaram seu sumiço e o mau cheiro denunciou que o pior tinha acontecido.

Em 25 de janeiro de 2024, com a insistência de Osnildo Fock, o Fockinha, descobriu pelo pior, com a morte de Russinho. José Acácio dos Santos, o ex-árbitro Pepe, ajudou a desvendar esta trama. Poucos sabiam o fim da vida de Russinho e que deixa de descortinar a bela imagem que se avistava de onde passou a maior parte de seus últimos anos.

O garoto florianopolitano teve a infância que todos de sua idade apenas pensavam e ficavam somente sonhando. Russinho, avaiano apaixonado, entrou em campo pela primeira vez não foi para ser jogador. Ele acompanhava os principais times onde era o gandula. Acompanhou o grande campeão Metropol e até o rival Figueirense. Esteve junto com seus ídolos, como Madureira no time criciumense e de Carlos Roberto, que passou a ser seu grande amigo até os dias atuais.

Na vida profissional, o cidadão Vilson foi funcionário da polícia civil. E foi assim que chegou a Joinville no início dos anos 1970. Logo estava em campo no alvinegro Caxias. Sem ter o devido reconhecimento, mesmo disputando vaga com o ídolo Piava, precisou deixar o sul da cidade para se transferir para o norte com a camisa do América.

No carnaval de 1973, no concorrido baile da Liga de Sociedades, me deparei com um folião usando como fantasia a camisa rubra do Galo. Não era apenas um carnavalesco e sim o jogador Russinho, já anunciando que estava trocando o Gualicho pelo América. Após a fusão que resultou no JEC, Russinho e alguns outros foram descartados pelo novo time e que foi se refugiar no Juventus de Jaraguá do Sul.

No início de 1981, quando estava na assessoria de imprensa da 5ª Ucre, o professor Madiel Grangeiro de Carvalho me alertou que tinha um professor de Joinville vindo de um estágio no carioca Flamengo. Dali em diante nos tornamos amigos e sempre estávamos próximos.

Lá por 1983, quando estava lecionando na Escola Almirante Boiteux, em Araquari, me avisou na véspera que no dia seguinte seus alunos estariam realizando um jogo amistoso no Estádio Marcos Tomaselli, Para minha surpresa, haveria em disputa um troféu e que levaria meu nome. A única exigência que me me fez: “Anuncia na sua página”, no jornal A Notícia.

Já nos anos 1990, Russinho esteve à frente de projetos de formação de novos talentos para o futebol. Atuou com jovens no Caxias, na Tupy e no JEC. Deixou uma legião de novos cidadãos e algumas revelações, entre eles de Cinesio, que atuou no futebol profissional e amador e agora atua com desenvoltura na arbitragem.

E foi a sua distância das redes sociais, no final de 2023, me fez buscar informações de Russinho, mas sem ter resultado. E agora, com a ajuda de Fockinha, vem a triste notícia de sua morte. Apenas temos que guardar as boas lições deixadas pelo amigo Vilson Teodosio.

Russinho em seu habitat, no norte da ilha de Florianópolis

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Esta é uma das crônicas que fazem parte de uma futura publicação, que terá o nome de “Glória´s do Menino Jornalista”, uma coletânea com mais de 600 textos em que relato fatos marcantes de minha vida e a trajetória no jornalismo joinvilense e catarinense. Apoiadores e patrocinadores são bem-vindos.

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